Instantes observando os pequenos movimentos que o vendo fazia ao balançar a leve cortina branca, me deparo com pensamentos sobre a vida.
Vida, sim vida!
O mesmo vento que movimenta os tecidos da cortina é o mesmo que traz o ar que respiro.
Esse ar pode passar por tantos mares, tantos lugares, tantos lares e bares. Em lugares assim, que um dia você caminhou, respirou o mesmo ar que aqui um dia passou. Assim pensando, já respirei sim, você, meu amado. Assim como você também já me respiraste. E isso não significa que nos respiramos constantemente, mas que por vezes o mesmo oxigênio nos move. Cada um com sua vida, com seus projetos, com seu eu próprio, mas por vezes sintonizados.
Volto a olhar para a cortina, agora entreaberta, pois o vento soprou mais forte: Céu Azul lá fora a contrastar com a parede mostarda do prédio ao lado.
O vento invade a sala. Respiro aliviada com o anseio de que no fim tudo fluirá como o vento.
E Fluirá!!!
Escrito: quinta, 10 de Novembro de 2011 às 11:31 ·
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